Santos perde de virada no primeiro clássico do ano

Por Matteus Santana | 22/01/2025 23h23

Foto: Cesar Grecco/Palmeiras

Na última quarta-feira, o Santos recebeu o Palmeiras pela terceira rodada do campeonato paulista, partida que marcava um feito inédito no clássico. Dois técnicos portugueses a beira do campo, comandando as equipes.

Primeira etapa

A partida começou com um posicionamento ofensivo da equipe da casa que logo baixou as linhas e começou a ver a equipe de Abel Ferreira trocar passes e ter um maior controle sobre o jogo, mas quem abriu o placar foi o Santos aos 36’, em uma cobrança de falta de Guilherme que desviou na barreira e enganou o goleiro Weverton.

Segunda etapa

Já no começo do segundo tempo, aconteceu algo curioso, Lucas Braga que tinha entrado aos 19’ foi substituído aos 54’ diante de muitas vaias, alguns jogadores e o próprio ponta ficaram sem entender o motivo da substituição e o atleta demonstrou muita insatisfação com a mudança do treinador.

Não muito tempo depois, o Palmeiras empatou o jogo com Thalys aos 68’ e com péssimas mudanças do técnico santista, o Palmeiras comandou o jogo, mas só aos 92’ que veio a virada, Richard Rios de fora da área acertou o canto do goleiro Gabriel Brasão e colocou um ponto na partida, mas o que mais chamou atenção da torcida santista estava no pós jogo com a coletiva de Pedro Caixinha.

Coletiva pós jogo

Questionado sobre ter feito as cinco substituições ainda aos 70’, Pedro explicou: “Na primeira palestra eu disse que tinha histórico de substituição em 20 minutos. Podemos fazer cinco substituições em três pausas e não há regra sobre em quanto tempo podemos mexer. Ou que quem entra não pode sair. Vi que estava desequilibrado no meio-campo.” O técnico ainda falou sobre a indisciplina tática de Soteldo na mesma resposta: “Soteldo é muito bom jogador, mas é indisciplinado taticamente. Então temos que manter quem tem criatividade e equilibrar a equipe. Equilibrar foi colocar meio-campo a três com mais presença. Não tem a ver com o Lucas, com nenhum jogador, mas com tomada de decisão do banco para ajudar a equipe. Equilibramos diante do desequilíbrio evidente no meio-campo.

Fruto da nossa criatividade, mas também da indisciplina tática” Caixinha também pediu reforços e deixou claro sua insatisfação com a equipe: "Temos praticamente as posições claras. Extremos, muita necessidade no meio-campo e na parte central do ataque”. “Falei do centroavante, temos o Tiquinho e podemos ter mais uma ou duas peças. Um dessa função e um que pode fazer por dentro e por fora. Esperamos que isso aconteça. Há questões burocráticas que nos ultrapassam na questão do Tiquinho. Não temos o controle. Trabalhamos nisso todos os dias, o jogador quer participar.

O Alvaro [Barreal] foi submetido a uma cirurgia dupla de hérnia inguinal. Faltam mais uns 10 dias para trabalhar com o grupo. Está no final da recuperação. Quando isso acontecer, será uma opção para jogar por fora e faz todo triângulo pela esquerda. O conhecimento que temos dele, intensidade, garra argentina. Faz três funções”. O técnico falou sobre sua vontade de vencer e pede apoio dos atletas para conseguir grandes coisas esse ano: "Não tenho varinha mágica, mas tenho muita vontade de vencer nesse projeto. Não vai ser amanhã, uma semana, mas nunca vou desistir e vou precisar de todos. Conhecem mais o passado da instituição que eu e, se não estivermos todos juntos e não confiarem no trabalho, não vamos alcançar nada. Se alcançarmos, vamos conquistar, minha energia está totalmente focada nessa reação”, disse.